Excesso de umidade favorece aparecimento de doenças de solo e foliares no milho do RS

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O milho está na fase de enchimento de grãos (38%) e maturação (10%) nas lavouras do Rio Grande do Sul, de acordo com o último boletim da Emater/RS-Ascar.  

Na região da Campanha, o plantio avançou pouco por causa das chuvas. Em Dom Pedrito, 75% das lavouras foram semeadas; 70%, em Candiota; e 60%, em Hulha Negra. Em Caçapava do Sul, ocorre o maior atraso, pois menos de 10% das lavouras foram implantadas. Na Fronteira Oeste, a umidade do solo é boa e a cultura está em fase de enchimento de grãos.

Em São Borja, 40% das lavouras estão em fase de maturação. Nos Campos de Cima da Serra, as lavouras ainda estão em desenvolvimento vegetativo. Nos municípios de menor altitude, as lavouras encontram-se em diversas fases de desenvolvimento, desde o estágio vegetativo até o enchimento de grãos.

Em Frederico Westphalen, 5% das lavouras estão em desenvolvimento vegetativo; 20%, em florescimento; 30%, em formação de grãos; e 45%, em maturação. A estimativa é que a cultura possa apresentar redução na produtividade. As lavouras mais afetadas estão localizadas na costa do Rio Uruguai, onde o plantio ocorreu em meados de agosto.

Em Ijuí, 95% foram semeados. A cultura avança rapidamente para o estádio de enchimento de grãos, apresentando alto potencial produtivo. Já, as lavouras que sofreram ataques de cigarrinha e bacteriose apresentam espigas curvadas para baixo e murcho, mesmo com a palha ao redor dos grãos ainda verde, demonstrando sintomas de interrupção no transporte de seiva para as espigas e falta de conclusão no enchimento dos grãos.

Em Passo Fundo, a cultura encontra-se nas fases de desenvolvimento vegetativo (5%), floração (35%) e formação de espiga (60%). Em Santa Rosa, houve progressão de doenças, que não puderam ser controladas na época indicada em razão das chuvas. Além disso, o excesso de chuvas prejudicou a polinização, resultando na formação de espigas pequenas e com menor número de grãos do que o esperado. A expectativa de produtividade poderá sofrer redução de aproximadamente 15%.

Em Soledade, as lavouras semeadas em agosto e em início de setembro estão na fase de enchimento de grão e de floração. Devido ao excesso de umidade, essas lavouras manifestam doenças foliares e de solo. Os elevados índices pluviométricos e as temperaturas elevadas contribuíram para a grande incidência de plantas daninhas. Esse cenário meteorológico, somado às doenças foliares, está propenso a causar perdas na produção. Entretanto, as lavouras semeadas em outubro apresentam melhor potencial produtivo.

Para a semana de 27 a 31 de dezembro, a chuva se espalha por boa parte do Brasil. Observe no mapa abaixo o acumulado de chuva previsto para o período. 

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