Irregularidade das chuvas e ventos constantes impactam semeadura e manejo da soja no RS

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No Rio Grande do Sul, a área semeada de soja alcançou 50% da projetada. Nas áreas onde a umidade do solo se mostrou insuficiente por causa da irregularidade das chuvas, a semeadura foi suspensa. Já nas localidades que receberam chuvas leves, os trabalhos prosseguiram quase sem interrupções.

As lavouras implantadas até 10/11 apresentam germinação uniforme e desenvolvimento inicial satisfatório. As áreas semeadas recentemente apresentam emergência irregular, e as precipitações devem uniformizar o estabelecimento das plantas. Em regiões onde o solo estava mais seco, ou as sementes foram depositadas fora da profundidade ideal, o aporte hídrico foi insuficiente para completar o processo. Apesar disso, elas não apresentam sinais de deterioração, mas dependem de reposição hídrica no solo para completar a germinação.

Foto: Getty Images

Ventos impactaram as aplicações em campo

As aplicações de herbicidas para manejo pré-plantio o e pré-emergentes também apresentaram restrições devido aos ventos constantes e à baixa umidade relativa do ar em certos períodos do dia.

Em Erechim, 90% da área foi plantada. O estabelecimento inicial e desenvolvimento vegetativo são considerados excelentes, beneficiados pela reposição de umidade, após as chuvas fracas.

Em Frederico Westphalen, o plan o avançou de 40% para 65% da área prevista. A adequada disponibilidade de umidade no solo favoreceu a emergência uniforme e o estande de plantas.

Na Fronteira Oeste, em São Gabriel, 25% dos 137 mil hectares previstos foram semeados. Em São Borja, apenas 15% dos 105 mil hectares foram semeados, em Rosário do Sul, 42%, e em Manoel Viana, 60%. Em Itacurubi e Maçambará, a semeadura foi interrompida devido ao baixo acumulado de chuva.

Na Campanha, as chuvas pontuais têm mantido a umidade adequada para o plantio permitindo o avanço dos trabalhos, que haviam sido prejudicados pelo excesso de umidade em outubro. Em Hulha Negra, 25% foram plantados, e o preparo do solo está acelerado para corrigir irregularidades deixadas pela safra anterior, viabilizando o plantio direto.

Em Dom Pedrito, 55% dos 160 mil hectares previstos foram plantados, mas o preparo convencional do solo, combinado às chuvas escassas, aos ventos fortes e às altas temperaturas, tem limitado a umidade superficial, retardando o progresso em algumas áreas. Em Passo Fundo, a semeadura foi concluída em 70% da área, influenciada pela menor umidade no solo. Em Pelotas, a semeadura atingiu 40% da área prevista.

De acordo com a Emater/Ascar/RS, a área de cultivo projetada para o estado gaúcho está estimativa em 6.811.344 hectares, e a produtividade média em 3.179 kg/ha.