Confinamento bovino cresce 11% em 2024 no Brasil

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Dados do Censo de Confinamento elaborado pela dsm-firmenich mostram um aumento de 11% no número de gado bovino confinado. Atualmente no país são 7,96 milhões de cabeças de gado confinadas em 2024 espalhadas em 2.592 propriedades. A prática vem crescendo vertiginosamente ao longo dos anos com adoções e tecnologias ligadas a suplementação do animal.   

“Nos últimos dois anos, o setor amargou margens negativas. Esse crescimento atual mostra uma retomada positiva e em linha com o crescimento dos abates registrados neste ano o que supera a média histórica de 9% ao ano”, relata Walter Patrizi, gerente de confinamento.

Foto: Getty Images

Pecuária Leiteira

Segundo o Censo, até o terceiro trimestre deste ano o clima seco impactou a produção.

“Apesar dos desafios enfrentados em 2024, como a oscilação dos preços do leite e as adversidades climáticas, os produtores têm investido em tecnologia e manejo para garantir maior eficiência na produção”, segundo Marcelo Machado, gerente de gado de leite da dsm-firmenich.

Onde está o gado confinado?

No Brasil, 75% do volume de gado confinado está concentrado entre Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás, Minas Gerais e São Paulo.

“Os estados do Pará e Tocantins estão ampliando os trabalhos em confinamento e devem crescer em participação nos próximos anos”, comenta Patrizi.    

O Censo também trouxe outro dado interessante. Os maiores confinamentos acima de 10 mil cabeças tem crescido exponencialmente 58,7% em 2024, um total equivalente a 4,7 milhões de cabeças. Em 2023, esse número era de 3,9 milhões de cabeças.

Enquanto isso, nos menores confinamentos a participação reduziu para 41,3% contra 46,1% do ano anterior. Os confinamentos com memenos de 10 mil cabeças registraram 3,3 milhões de cabeças.

Ao longo das últimas décadas, a pecuária brasileira tem evoluído para atender às exigências de um mercado global em constante mudança. O uso de tecnologias avançadas, combinado com práticas de manejo modernas, permitiu que os produtores brasileiros aumentassem a produtividade e, ao mesmo tempo, reduzissem os custos de produção e os impactos ambientais.

“Uma nutrição balanceada e adaptada às condições regionais é o que permite que os pecuaristas obtenham maior eficiência na engorda dos animais e melhorem a conversão alimentar. No sistema a pasto, por exemplo, a suplementação ajuda a suprir deficiências minerais e proteicas, garantindo o crescimento saudável dos bovinos e o incremento na produtividade, mesmo em períodos de seca ou baixa qualidade do pasto” comenta João Yamaguchi, gerente de gado de corte a pasto.

Para a dsm-firmenich, essa evolução é um reflexo direto do compromisso do setor em integrar tradição e inovação. “A pecuária brasileira é um exemplo global de como unir técnicas tradicionais à tecnologia de ponta. Estamos comprometidos em liderar essa transformação, fornecendo aos produtores soluções completas que elevem a produtividade enquanto protegem o meio ambiente e geram mais valor para o setor”, conclui Luiz Magalhães, Presidente de nutrição e saúde animal para a América Latina da dsm-firmenich.

Brasil tem posição de destaque no mercado mundial

O Brasil encerra 2024 reafirmando sua posição de destaque como um dos maiores produtores e exportadores globais de carne bovina. Segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), a produção nacional deve atingir 10,2 milhões de toneladas neste ano, representando um aumento significativo em relação às 9,5 milhões de toneladas registradas em 2023.

Líder como maior exportador de carne bovina in natura, com embarques para mais de 150 países, entre eles China, Estados Unidos e Emirados Árabes Unidos, o Brasil tem coordenado esforços para garantir a rastreabilidade da cadeia de carne bovina, com tecnologias que atendem às demandas dos consumidores por alimentos de qualidade e sustentáveis.