Os produtores paranaenses estão no campo finalizando a colheita do feijão das águas. A estimativa é de que ao final dos trabalhos a produção totalize 341,7 mil toneladas em 169,2 mil hectares. Se confirmado, o resultado será mais que o dobro da produção em uma área 57% maior que a semeada neste mesmo período em 2024, quando foi colhido 160,4 mil toneladas em 107,8 mil hectares.
Apesar de problemas pontuais em regiões de menor expressividade, as produtividades foram ótimas no sul do estado onde se concentra 74% da safra das águas. O destaque foi a região dos Campos Gerais, que tem grande parte dos municípios no Núcleo Regional de Ponta Grossa. Este regional informou uma produtividade de 2.378 kg/ha, um valor que só pode ser atingido em função de investimento em tecnologia aliada a uma condição climática excepcional, tendo em vista o ciclo curto da cultura.
Atualmente, a produtividade média paranaense está estimada em 2.020 kg/ha, a segunda melhor já verificada na safra de verão, atrás dos 2.075 kg/ha produzidos no ciclo 19/20. De acordo com o Departamento de Economia Rural (Deral), a grande oferta momentânea está impactando nos preços, que recuaram. Os valores atuais recebidos pelos produtores fazem com que muitos tenham desistido do plantio da segunda safra de feijão.
Semeadura da safra da seca está em andamento
A safra da seca está parcialmente semeada (25%) e deve totalizar 365,8 mil hectares, um recuo de 16% em relação à área plantada em 2024 neste período. As lavouras apresentam boas condições e podem totalizar 666,8 mil toneladas, caso o clima se mantenha favorável ao longo dos próximos meses, sendo muito baixa a probabilidade de superar as 674,4 mil toneladas obtidas na segunda safra de 2024.
