Fusões, aquisições e acordos entre as gigantes do Agronegócio

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2015 e 2016 assistiram a uma série de consolidações no setor de defensivos agrícolas e sementes: há pouco mais de 6 meses a Dow Chemical Co. e a DuPont  Co. fecharam uma fusão e a Syngenta foi comprada pela empresa estatal chinesa  China National Chemical Corp.

Se o negócio da Bayer com a agroquímica americana for concretizado, o gigante farmacêutico Bayer se tornará o maior fornecedor mundial de herbicidas e sementes. Grupo alemão pretende pagar 122 dólares por cada ação da empresa.

 

 

Caso o negócio se concretize, a empresa se tornará o maior fornecedor mundial de herbicidas e sementes.

O faturamento do grupo aumentaria para cerca de 60 bilhões de euros com a fusão. Atualmente, a Bayer detém 46,3 bilhões de euros. O número de empregados passaria de 117 mil para 140 mil.

Segundo o jornal The Wall Street Journal, juntas, a Bayer e a Monsanto controlariam 28% das vendas de herbicidas no mundo.

O processo de aquisição terá que ser aprovado pelas autoridades antitruste dos Estados Unidos. A proposta deve encontrar resistência por causa do domínio da nova empresa no setor de sementes e herbicidas. O Departamento de justiça terá que analisar a forma como estas 3 consolidações podem impactar o cenário competitivo. Segundo analistas 70% do mercado global de pesticidas seria controlado por estas 3 novas empresas.

Como tudo isto irá impactar os custos de insumos para o agricultor brasileiro? É cedo para fazermos prognósticos, mas segundo Roger Johnson, presidente da União Nacional de Agricultores dos Estados Unidos, é praticamente certo que haverá bem menos concorrência no mercado e como consequência os agricultores vão acabar pagando mais caro. Por outro lado, empresas de sementes como Monsanto e Dupont entraram em guerras de preços para defender suas participações de mercado, considerando a depressão de mercado e o declínio de preços do milho e da soja forçando os agricultores a reduzir os gastos com sementes e pesticidas, segundo o jornal Valor. Neste sentido, economias de escala poderiam favorecer os agricultores.

 

Doly Ribeiro

Graduado em administração de empresas pela FGV e com pós-graduação com especialização em marketing pela FGV. Fundador, primeiro presidente da ABMR&A, e membro do conselho, possui experiência como gerente de marketing da Nabisco, gerente de serviços de marketing da Monsanto para Cone Sul, gerente de comunicação da Agroceres, vice-presidente de planejamento da CBBA Propaganda, diretor de Consumer Insights da TBWA Brasil e diretor de planejamento da Agência 1 Comunicação Integrada. Ex-professor de pós-graduação da ESPM.

 

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