Produtividade da cana cresce na África do Sul 

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Com uma safra de cana-de-açúcar projetada em 18,5 milhões de toneladas métricas e área de produção de 352,5 mil hectares, a África do Sul deve registrar uma produtividade de 74 toneladas por hectare na safra 2023/24, representando um aumento de 7,24% em relação à safra 2021/22 e 4,22% sobre a safra 2022/23, aponta relatório do USDA, o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos.

O país sul-africano vem buscando ampliar rendimentos com a cultura, em especial com os pequenos produtores. E diante dos aumentos da quantidade de cana entregue às plantas industriais e da eficiência das usinas, a produção de açúcar bruto deve crescer 9% na safra 23/24 para 2,2 milhões de toneladas métricas, conforme o USDA.

Missão técnica

Para conhecer de perto áreas de plantio, manejo da produção, irrigação por gotejamento, colheita, equipamentos e instalações das usinas sucroalcooleiras, uma missão técnica visitou o país e a região de Essuatíni, antiga Suazilândia, na divisa da África do Sul com Moçambique. As províncias de KwaZulu-Natal e Mpumalanga, com 95% e 100% das áreas de plantio irrigadas, respectivamente são referências em irrigação por gotejamento.

Alta produtividade

Dois aspectos chamaram a atenção durante a missão técnica: a alta produtividade e longevidade dos canaviais visitados, mesmo sem a implementação completa de ferramentas de fertirrigação, monitoramento e controle disponíveis no sistema de gotejamento, indicando possibilidades de melhorias; e a eficiente manutenção dos equipamentos, com práticas como dupla filtragem e limpeza da malha hidráulica, que podem aumentar significativamente a longevidade dos sistemas, reduzindo custos de manutenção e reforma.

“Essa imersão na realidade sul-africana revelou-se não apenas uma oportunidade de aprendizado, mas também uma fonte de inspiração para aprimorar as práticas do agronegócio brasileiro, especialmente no setor sucroalcooleiro”, relata Fábio Torquato,  responsável pela organização da missão.

A equipe que visitou a região era formada por engenheiros agrônomos, gestores de usinas brasileiras e especialistas em equipamentos de irrigação.

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