Climatempo participa do 8º Encoffee 2024 com prognóstico climático para a safra de café

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Produtores, cooperativas, pesquisadores e empresas do setor de café se reuniram para falar sobre clima, mercado, preço, manejo e previsão de safra em Uberlândia (MG), durante a edição histórica do 8º Encoffee.

Poda e manejo, adubação adequada, correção de solo e espaçamento, mudanças climáticas, custo de produção e novos mercados. A vida do cafeicultor não é fácil. E nos últimos tempos, as intempéries climáticas, ora com seca ora com geada e, mais recentemente, com queimadas,  trazem uma preocupação adicional ao cafeicultor.

Segundo a consultoria Safras e Mercado, os preços do café estão em níveis históricos atualmente nas bolsas internacionais. No caso do café arábica, há uma grande preocupação com a seca no Brasil, já que as altas temperaturas no período crucial de floradas podem impactar na safra 2025 do maior produtor global de café.

Desafios com o clima

“Temos grandes desafios. O primeiro é o clima. No Espírito Santo a maioria da produção de café é irrigada, mas dependendo da temperatura a água não é o bastante. Temos problemas com mão-de-obra e fazer novos plantios sem ter segurança da mão-de-obra é complicado, porque você vai investir, mas na hora da colheita você vai ter dificuldade. E um outro ponto é investimento em pesquisa, avançamos muito mas aumentar a qualidade do café conilon é uma grande necessidade para nós”, afirmou Luiz Carlos Bastianello, Presidente da Cooabriel, a maior cooperativa de cafe conilon do Brasil.

Caio Souza Head de Agronegócios da Climatempo explicou como o clima afeta a cafeicultura, como a temperatura e umidade impactam o surgimento das principais pragas e doenças e apresentou informações da previsão do tempo para a fase atual das variedades de café que estão no campo.

O meteorologista destacou o impacto das mudanças climáticas a longo prazo e como utilizar a informação meteorológica de qualidade de forma objetiva para o planejamento e tomada de decisão. Veja:

Cenário Econômico

Felipe Serigatti, coordenador do curso de Mestrado em Agronegócio da Fundação Getúlio Vargas (FGV) discursou sobre o cenário econômico.  “Na economia mundial, temos um cenário positivo, mas com riscos. Houve redução da inflação de forma quase generalizada entre as principais economias e um ciclo de normalização da taxa de juros, mas as fontes de risco são a economia chinesa com desequilíbrios evidentes, principalmente com o recuo do mercado imobiliário, e atritos no oriente médio. No Brasil, o modelo de crescimento é insustentável, com o governo gastando mais do que a arrecadação”, explica Serigatti.

Foto: Divulgação Conecta

Em dois dias, o evento reuniu cafeicultores de Minas Gerais, Espírito Santo, São Paulo, Bahia, Rondônia, Paraná e Goiás, para debater as principais necessidades dos cafeicultores, como novos investimentos em tecnologias de irrigação, certificações, mercado e gestão.

“Os produtores vivem tempos desafiadores e o nosso propósito com mais esta edição do evento é levar conhecimento que ajude o empresário do setor a tomar decisões e planejar novas estratégias para o seu negocio”, conta Luciana Martins, Diretora Executiva do Grupo Conecta.

A oitava edição do Encoffee foi histórica porque, além de destacar temas relevantes para a cafeicultura, ele marca um novo momento do Grupo Conecta, que em 19 e 20 de novembro realiza o Encontro Nacional das Mulheres Cooperativistas em Santa Catarina, reunindo mulheres do agro de todas as partes do país para debates técnicos e networking. Além disso, em 2025, a empresa prepara o inédito CCA – Congresso Conecta Agro, cuja proposta é unificar todos os eventos e se transformar em um ecossistema de acesso ao mercado do agronegócio, inovação e oportunidades.

Veja também: Agronegócio Sustentável: A urgência da descarbonização no setor

Produtor quer adotar inovação para enfrentar mudança climática

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