A produção de acerola já teve sua primeira florada nas áreas produtoras do Paraná e a colheita dos frutos está próxima. No mês de novembro está previsto o início da colheita de melancia e abacaxi.
Fruticultores que estão colhendo pêssegos e pequenas parcelas de nectarina precoce, mas relatam grande perda na produção devido, principalmente, às geadas na fase de florescimento. Por outro lado, o preço praticado ao produtor minimiza parte do prejuízo.
A colheita de goiaba continua intensa nos campos favorecido pela janela de clima favorável. De acordo com os meteorologistas da Climatempo, a quinta-feira (31/10) será de sol sem chuva no centro-norte, oeste e sudoeste do Paraná, com chance de chuva mais concentrada em parte do sul, leste e litoral paranaense. Pancadas mais irregulares de fraca a moderada intensidade estão previstas para a capital Curitiba.
A semana termina com mais nuvem e chance de chuva fraca a moderada no litoral e leste do PR, incluindo a região de Curitiba. O sol ainda pode aparecer em alguns momentos, mas com nebulosidade variável. A temperatura começa a ficar mais amena neste primeiro dia de novembro. Nas demais área, o sola parece com calor à tarde e tempo firme na região central, no oeste, sudoeste e noroeste do estado.
De uma forma geral as janelas de tempo aberto serão maiores e devem favorecer as atividades em campo durante o fim de semana.
Indicação Geográfica da acerola
Famílias que cultivam acerola no município de Pérola, na região noroeste do Paraná, começam a percorrer o caminho para conquistar a Indicação Geográfica (IG), por meio da Cooperativa Agrícola dos Fruticultores de Pérola (Frutipérola). A IG é concedida pelo Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI) a produtos ou serviços de determinada região que possuam características próprias, distinguindo-os de similares.
O fruticultor Edson Pinguello aposta na acerola desde a década de 1990, quando a cultura se popularizou na cidade, e afirma que a fruta que nasce lá é “diferente”.
Entre as características estão o alto teor de vitamina C, que é o que confere acidez ao paladar e valor nutricional, sabor levemente adocicado e coloração avermelhada, além do selo internacional de orgânicos válido para diversos mercados, inclusive o europeu, o norte-americano e o japonês. A acidez da acerola de Pérola é classificada acima do mínimo exigido pela indústria, que é de 1.000 mg de ácido ascórbico a cada 100 gramas.
No caso da polpa, a cor vermelha intensa desejável pelo mercado é devida ao solo arenoso, com boa drenagem, próprio da região que é formada pelo Arenito Caiuá – a localidade também registra, historicamente, altos volumes de chuva, mas produtores estudam irrigação por gotejamento para driblar os desafios climáticos.
Presidente da Frutipérola e membro da Associação Perolense de Fruticultores, Edson possui um pomar de 1,2 hectare, o que garante o sustento da família. “Nossa fruta é riquíssima em vitamina C. Meu negócio é praticamente só a acerola, então, o que ganhamos com a venda da fruta é essencial. Nossa cooperativa tem 75 membros, sendo que 35 plantam acerola e dependem da fruta para formar renda. Quase todos nós comercializamos via cooperativa”, conta Edson.
O agricultor estima que na cidade existam cerca de 30 hectares plantados e 10 mil pés da fruta. Por safra, com cinco ciclos por ano, de setembro a maio, são produzidas cerca de 300 toneladas, tudo colhido à mão. Os principais compradores são de São Paulo, que recebem a fruta in natura, resfriada ou congelada, e em polpa, ainda verde, quando o teor de ácido ascórbico, a popular vitamina C, é maior.
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