As lavouras de feijão primeira safra cultivadas no início do período recomendado pelo Zoneamento Agrícola de Risco Climático (Zarc) encontram-se majoritariamente em estágios reprodutivos, e parte dos cultivos em colheita. Os dados são do Boletim da Emater/Ascar-RS.
Nos Campos de Cima da Serra, o cultivo em safra única, caracterizado pelo plantio tardio, está em fase de semeadura, e algumas lavouras em estágio inicial de estabelecimento. Nas demais regiões do Estado, parte das lavouras foi impactada pela estiagem registrada em novembro, que afetou áreas em floração e formação dos legumes. Essa intempérie influenciou o número e o tamanho dos grãos por vagem. Contudo, a recuperação da umidade do solo a partir do início de dezembro reverteu parcialmente os prejuízos, promovendo o aumento da massa e do peso dos grãos, ao garantir maior disponibilidade de solutos para o enchimento das vagens. Essa recuperação hídrica também beneficiou as áreas recém-cultivadas, proporcionando condições ideais para o estabelecimento inicial das plantas. Nos cultivos do cedo, os tratos culturais foram finalizados, restando o manejo de doenças, como antracnose em lavouras mais tardias, bem como o monitoramento de tripes e ácaros.
Para a Safra 2024/2025 no Estado, a Emater/RS-Ascar projeta o cultivo de 28.896 hectares, e a produtividade média estimada é de 1.864 kg/ha. Porém, há grande desuniformidade de potencial produtivo, que varia conforme a intensidade do estresse hídrico e o nível tecnológico adotado, como o uso de equipamentos de irrigação.
Em Caxias do Sul, a semeadura prosseguiu e deve se estender até meados de janeiro. A cultura encontra-se em emergência, e as condições climáticas de temperatura e umidade foram favoráveis. e Ijuí, as lavouras apresentam rápida evolução. Estão 55% em fase de maturação, com grãos bem formados e plantas em início de senescência natural. A área colhida alcançou 10%. O bom rendimento é resultado do maior porte e peso dos grãos.
Em Pelotas, 48% das lavouras estão em desenvolvimento vegetativo, 33% em floração, e 19% em enchimento de grãos. Em Santa Maria, cerca de 30% das lavouras estão em desenvolvimento vegetativo e floração, 30% em enchimento de grãos, 20% em maturação e 20% colhidos. As condições climáticas beneficiam uma boa colheita. Em Soledade, estão 10% das lavouras em floração; 40% em enchimento de grãos; 40% em maturação; e 10% colhidos. A produtividade varia entre 900 e 1.980 kg/ha, conforme o sistema produtivo e a restrição hídrica.
Previsão do tempo para o Rio Grande do Sul nos próximos dias
De acordo com os meteorologistas da Climatempo, nesta sexta-feira (20/12), há condições de chuva em todo o Rio Grande do Sul. A chuva pode vir com trovoadas e até com moderada intensidade especialmente na metade norte do estado. Ao final do dia, uma nova frente fria vai se aproximar do estado gaúcho.
Serra: Previsão de pancadas de chuva a qualquer momento do dia, podendo ser forte entre a madrugada e manhã. À noite a chuva enfraquece. A temperatura segue elevada na região.
No sábado (21/12), a frente fria se desloca afastada pela costa do Rio Grande do Sul e a chuva acontece de forma isolada pelo oeste, campanha, sul, centro, vales, Região Metropolitana de Porto Alegre e serra. Nas demais regiões o predomínio é de tempo firme. Uma massa de ar frio de fraca intensidade vai contribuir para a diminuição da temperatura, especialmente na campanha, onde a mínima deve ocorrer à noite.
No domingo (22/12), chove fraco e isolado no norte, noroeste e serra gaúcha. Nas demais áreas da Região o predomínio é de tempo firme com sol aparecendo entre algumas variações de nebulosidade. As temperaturas ficam mais baixas ao amanhecer na campanha e serra, mas à tarde entram em elevação; faz calor especialmente pelo interior do estado.
Serra: O dia começa com tempo firme, mas tem previsão para pancadas de chuva isolada entre à tarde e à noite. As temperaturas ficam mais baixas pela manhã, mas sobem no decorrer da tarde.
“A primeira metade da próxima semana será marcada por tempo mais firme, com maiores períodos de sol e elevação das temperaturas. A partir da metade da semana novas instabilidades devem avançar pelo Sul do Brasil, mas devem provocar chuvas bastante rápidas e isoladas, principalmente no norte gaúcho”, avalia a meteorologista Nadiara Pereira.